O entendimento da “Osmose” em pisos de concreto

A aplicação de revestimentos de alto desempenho (RAD) impermeáveis sobre pisos de concreto sugere a adoção de critérios especiais para evitar a ocorrência de falhas. Apesar de a umidade ser conhecida como a causa de um dos problemas mais comuns relativos à aderência e defeitos em RAD, ainda existe uma compreensão limitada sobre todas as linhas de contorno que permitem uma melhor avaliação deste problema e de como evitá-lo.

Certamente as normas e boas práticas de avaliação das condições do substrato e de preparação de superfícies a serem revestidas, se bem interpretadas e seguidas, poderiam por si só colaborar de forma significativa na prevenção de falhas.

De forma simplificada, existem duas situações típicas a enfrentar na aplicação de um RAD:

Aplicação de um RAD sobre pisos de concreto novos

Neste caso, em princípio, as condições de aplicação são de mais fácil controle, já que se presume que o projeto tenha sido desenvolvido considerando as melhores práticas de execução, propiciando condições ideais para a obtenção de um elevado desempenho do “Sistema Piso” e uma elevada vida útil de serviço, com baixo custo de manutenção. Portanto, o projeto deve ter considerado o estudo de dosagem e a especificação do concreto mais adequado (incluindo a forma de execução, tipo de cura e de acabamento superficial), a especificação do sistema de drenagem apropriado, das camadas subjacentes (incluindo a sub-base e a membrana impermeável, esta última muitas vezes negligenciada), além do projeto geométrico e especificação das juntas e do respectivo selante elastomérico, etc.

Aplicação de um RAD sobre pisos de concreto existentes

Esta é sem dúvida, uma situação menos favorável, já que não sabemos, na maioria das vezes, como o piso de concreto foi concebido, projetado e executado. É mais do que relevante se aprofundar numa avaliação das condições do substrato e da capacidade de suporte do mesmo, conforme as normas e as boas práticas de projeto e execução sugerem.

Em qualquer uma destas situações, a determinação do teor de umidade do substrato é crítica. A maioria dos RAD para pisos age como barreira ao vapor de água. Portanto, podem surgir problemas se estes revestimentos forem aplicados sobre substratos de concreto com alto teor de umidade, pois pode ocorrer o destacamento do revestimento impermeável, devido à pressão hidrostática ou “osmose”. Daí a importância de todos os pisos de concreto novos incluirem em seu projeto uma barreira ao vapor de água. Além disso, é essencial efetuar a cura adequada do concreto e aguardar, no mínimo, 28 dias antes que o revestimento seja aplicado. Em casos especiais, onde este período de tempo não puder ser aguardado, recomenda-se o emprego de concretos especiais, dosados racionalmente com aditivos redutores de água de alta performance, reduzindo substancialmente o teor de água livre no concreto e os efeitos indesejáveis da retração. Este procedimento deve ser sempre coordenado por um consultor especializado.

Em qualquer condição é fundamental que a umidade relativa de todos os substratos a serem revestidos seja determinada. Há diversos métodos de medição da umidade como, por exemplo, o da membrana impermeável (ASTM D4263), rádio-freqüência, método do Cloreto de Cálcio, dentre outros. No Brasil, por uma questão de simplicidade e pragmatismo, o mais comum é o emprego de um umidímetro apropriado (medidor de umidade superficial), adotando-se os critérios e as recomendações de medição normalizados.

Na verdade, se formos nos aprofundar no entendimento do comportamento da umidade no concreto, teremos que estudar a relação entre a quantidade de água existente no mesmo, considerando a utilizada para as reações de hidratação do cimento e a retida fisicamente na estrutura da pasta de cimento hidratada e o transporte de água através dos poros capilares do concreto. Neste aspecto, a interação e o equilíbrio entre o concreto e o meio no qual este está inserido, bem como o seu grau de hidratação, são alguns dos aspectos a serem estudados. Além disso, vale ressaltar que há RAD’s mais permeáveis à pressão de vapor, que são, portanto, menos susceptíveis à ação da umidade.

Eng° Paulo Sérgio Ferreira de Oliveira

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