Fissuras em pisos industriais

A retração do concreto é um fenômeno bastante comentado mas pouco compreendido. Retração é redução de volume; no caso do concreto, causada por perda de água. Não existe, na verdade, um único tipo e este é o maior complicador: ela pode acontecer desde os primeiros minutos de mistura do material ou ao longo da vida da estrutura. Por isso, dependendo da causa, recebe diferentes designações.

Depois que o concreto é lançado nas fôrmas, a sua superfície fica sujeita à evaporação natural da água, tanto mais intensa quanto maior a velocidade dos ventos, maior a temperatura e menor a umidade ambiente. A conseqüente perda de volume é chamada de retração plástica, por acontecer enquanto o concreto está no estado plástico – antes do início de pega do cimento. Por outro lado, por ter menor densidade a água tende a separar-se dos demais componentes e subir para a superfície, o que é chamado de exsudação. Se o volume de água perdido por evaporação for maior que o volume de água que exsudou, vão surgir fissuras de pequena profundidade. Elas costumam ser contínuas e paralelas, separadas entre si de 30 centímetros a um metro e podem ser eliminadas da superfície antes do início de pega do cimento, com a revibração do concreto. A prevenção pode ser feita com a molhagem prévia das fôrmas e dos agregados, com o início da cura úmida logo após o acabamento da peça, uso de quebra-ventos ou outros procedimentos que reduzam a evaporação superficial.

A segunda designação é a retração química. Ela acontece em todos os concretos porque os produtos de hidratação do cimento têm menor volume que a soma dos volumes da água e do cimento que os formam. Ocorre desde os instantes antes da pega e se prolonga durante toda a hidratação, sendo bem mais intensa nos primeiros dias. Concretos com consumos de cimento mais elevados estão sujeitos a uma maior variação de volume e, portanto, têm mais chances de fissuração. Este tipo de retração tem importância fundamental no corte de juntas de pisos, pois ele precisa ser feito antes que as fissuras surjam espontaneamente. Por ser um fenômeno que ocorre por igual em toda a massa de concreto e não apenas na superfície, as fissuras por retração química são bem mais profundas que as causadas por retração plástica e podem atravessar uma peça inteira. Para preveni-las, além da redução do consumo de cimento, pode-se empregar aditivos expansores no preparo do concreto.

A chamada retração autógena é uma combinação da retração química do concreto endurecido com um fenômeno dela decorrente: a diminuição da água livre nos poros capilares. A migração dessa água para dentro dos produtos de hidratação aumenta a tensão superficial nos poros, o que também leva a uma contração – mais intensa nos primeiros dias, quando o material ainda não tem resistência para se opor a esta deformação. Sua prevenção é feita com o fornecimento contínuo de água para o concreto neste período, por meio da cura úmida ou do uso de agregados leves saturados de água, que funcionam como um reservatório. Há aditivos redutores de expansão que atuam na diminuição da tensão superficial da água dos poros e também podem ser usados na fabricação do concreto.

Já a evaporação da água que fica nos poros menores ou aderida aos cristais da pasta de cimento, causa o que é chamado de retração hidráulica. Este fenômeno acontece de fora para dentro da peça quando a umidade ambiente atinge valores baixos, próximos de 30%. As fissuras resultantes não costumam ser muito profundas, são irregulares e distribuem-se aleatoriamente. Este tipo de retração pode ocorrer ao longo de anos e também é chamado de retração por secagem.

As primeiras horas de hidratação do cimento são acompanhadas por uma significativa liberação de calor e dilatação da peça de concreto, que ao se resfriar sofre o que é chamado de retração térmica. Este fenômeno de dilatação e contração aumenta com o consumo de cimento e com as dimensões da peça e pode originar fissuras extensas e profundas. A prevenção pode ser feita pelo resfriamento dos componentes do concreto, inclusive substituindo parte da água por gelo, e pelo uso de cimentos de baixo ou moderado calor de hidratação – Cimento Portland Pozolânico, por exemplo. A concretagem de grandes volumes em etapas auxilia a dissipar o calor e reduzir a expansão.

Nem sempre é simples determinar qual a causa de uma retração, especialmente porque os diferentes tipos costumam ocorrer simultaneamente e a retração final acaba sendo uma somatória de cada um dos efeitos. Estudando o assunto mais profundamente é possível estimar as proporções da retração total e com isso dosar e executar o concreto de maneira a inibir fissurações.

Rosemeri Ribeiro – Concrebras – Curitiba – Pr

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Ivan Martins
Diretor Operacional
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