Cimento pedra solúvel ou pedra instantânea?

A Origem do Cimento

De modo geral, podemos dizer que o cimento utilizado hoje em dia na construção civil é um pó fino com propriedades ligantes que endurece sob a ação da água. Há muito tempo, materiais com essas propriedades são utilizados pelo homem. Na época dos assírios e babilônios, a argila já era usada como material ligante e no Egito Antigo era utilizada uma liga de gesso impuro calcinado que é considerada a origem do cimento.

Os gregos e os romanos melhoraram as primeiras técnicas e passaram a misturar outros materiais ao calcário calcinado. Os romanos combinavam o calcário com cinzas vulcânicas da região do Monte Vesúvio e telhas de argila queimadas finamente moídas. Com esse tipo de argamassa foram construídas imensas obras que podem ser vistas até hoje, como o Coliseu.
Na Idade Média, a queda da urbanização reduziu a utilização do cimento, piorando sua qualidade. Seus estudos só foram retomados com vigor no século XVIII, com o renascimento científico. Em 1756, John Smeaton foi incumbido de obter uma argamassa resistente à água do mar para a construção do farol de Eddystone, na Inglaterra. Este engenheiro foi o primeiro a reconhecer as propriedades químicas da cal hidratada e a importância do papel da argila, desenvolvendo um cimento muito próximo do que seria o portland.

Vicat, na França, também se dedicou ao estudo do cimento e, em 1818, obteve resultados semelhantes aos de Smeaton, sendo considerado o inventor do cimento artificial. Mas é John Aspdin, em 1824, quem produz um novo tipo de cimento, juntando proporções bem definidas de calcário e argila e levando-as ao forno até a eliminação do gás carbônico. Seu produto foi patenteado como “Cimento Portland”. Mais tarde, em 1845, Isaac Johnson cria o protótipo do cimento moderno, queimando uma mistura de argila e greda (giz) até a formação do clínquer.

Reações químicas que ocorrem dentro do forno durante a clinquerização:

Ao sair do forno, o clínquer é bruscamente resfriado e passa para moinhos rotativos. Nesse momento ele recebe a adição de gesso e de outros materiais para se transformar em cimento. O gesso tem como função básica aumentar o tempo de endurecimento do cimento que, sem ele, seria quase instantâneo após o contato com a água. Os demais materiais adicionados durante a pulverização são variáveis e têm como função dar características específicas a cada tipo de cimento portland.

Além de vários tipos de cimento Portland, são também produzidos outros cimentos hidráulicos para fins específicos, entre eles está o cimento branco Portland.

O cimento branco Portland é idêntico ao cimento cinza com exceção da cor. Durante o processo de produção, os fabricantes selecionam matérias-primas que contenham quantidades mínimas de óxidos de ferro e magnésio, substâncias que dão a coloração cinza e cimento.

O cimento branco é utilizado sempre que soluções arquittônicas especifiquem concretos ou argamassas brancas ou coloridas.

A Primeira Fábrica de Cimento do Brasil

A primeira iniciativa de produzir cimento no Brasil foi do Comendador Antônio P. Rodovalho, um industrial paulista. Ele começou a pesquisar jazidas de calcário em 1888 e, nove anos depois, inaugurou uma usina em sua fazenda, junto à Estrada de Ferro Sorocabana. A fábrica não durou muito, pois os altos custos da produção não permitiam que o Cimento Rodovalho competisse com o produto importado.

Outras duas tentativas foram feitas, mas também sem sucesso. A usina instalada na Ilha de Tiriri (PA) em 1892, funcionou apenas três meses e a fábrica fundada pelo governo do Espírito Santo em Cachoeiro do Itapemirim em 1912, fechou alguns anos depois.

A Companhia de Cimento Portland Perus (CBCPP), fundada em 1924 por uma companhia canadense, foi a primeira fábrica a produzir cimento regularmente no Brasil. Foi inaugurada em maio de 1926 e instalada próxima à região de Caieiras e Cajamar, onde existiam grandes concentrações de calcário, e junto à Estrada de Ferro Perus-Pirapora (EFPP), construída em 1914. No início, a tinha capacidade de produzir 60 mil toneladas por ano e aumentou para 200 mil toneladas/ano em 1927.

No decorrer dos anos 20 e 30, como resultado da fábrica, a região de Perus viu crescer vilas operárias, transformando-se em um Distrito de Paz separado da Freguesia do Ó já em 1934. Nesse mesmo ano, era inaugurada a segunda fábrica brasileira de cimento, a Mauá no Rio de Janeiro, com capital norte-americano. Por muitos anos, essas duas indústrias foram responsáveis pela maioria do cimento comercializado no Brasil.

Em 1986, a Perus foi fechada. Um ano depois, a Estrada de Ferro Perus-Pirapora foi tombada pelo governo do Estado de São Paulo e, no início da década de 90, começaram as discussões sobre um projeto de construir um centro cultural na velha fábrica.

Fernanda da Silva Rodrigues
Historiadora

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